DIA DE PROVA
XXX Domingo Tempo
Comum
Lucas 18, 9-14
de Emílio Carlos
NARRADOR – Oi
pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje eu vou contar uma história do
Tião e do Zequinha. Então se preparem que lá vem história!
Hoje é dia de
prova. Zequinha e Tião chegam à sala de aula antes da professora. O
Tião já vem contando vantagem.
(Entram Zequinha e
Tião com suas mochilas).
TIÃO – E daí,
Zequinha? Você estudou?
ZEQUINHA – Estudei
bastante, Tião.
TIÃO – Pois olha:
eu não estudei nada. E nem preciso. Sabe por que?
ZEQUINHA – Por
que?
TIÃO – Porque eu
sei toda matéria. Vai ser 10 na cabeça!
ZEQUINHA – Como é
que você vai por um 10 na sua cabeça?
TIÃO – Não é
isso, bobão. Eu vou levar um 10. Aliás eu sou tão bom que vou
tirar um 11.
ZEQUINHA – 11? Não
existe essa nota.
TIÃO – Quer
saber? A professora vai me dar um 20. E daí vai guardar 10 pra
próxima prova. E você?
ZEQUINHA – Bem, eu
vou me esforçar para tirar uma nota boa. Você sabe: tem que prestar
muita atenção na prova.
TIÃO – Atenção?
Pra que? Eu podia fazer a prova com os dois olhos fechados. Quer
saber? Eu podia fazer a prova com as duas mãos amarradas nas costas.
ZEQUINHA – E como
é que você ia escrever?
TIÃO – (sem
entender) O que?
ZEQUINHA – Com as
duas mãos amarradas nas costas como é que você ia escrever?
TIÃO – Ah, para
com isso Zequinha. Você está falando com o bonzão da sala. O
melhor, o máximo, o
grande: eu mesmo!
ZEQUINHA – Eu só
peço a Deus que me ajude a fazer bem a prova.
TIÃO – O que? Eu
não peço nada porque eu já tirei 10. Você é um perdedor mesmo,
hein Zequinha?
NARRADOR – Tião
foi arrogante e presunçoso, enquanto Zequinha foi humilde. Nisso a
professora chegou.
(A professora entra
com seu material).
PROFESSORA – Bom
dia, meninos. Vamos começar a nossa prova. Podem se sentar.
Os dois se sentam.
Tião de peito estufado e Zequinha humilde. A professora distribui as
provas. Eles leem a prova).
TIÃO –
Professora.
PROFESSORA – O que
foi, Tião?
TIÃO – Essa prova
está com um problema.
PROFESSORA – Qual
problema?
TIÃO – Não veio
escrito 10 aqui. (ri)
PROFESSORA – Só
vai ter 10 aí depois que o senhor fizer toda a prova e acertar tudo.
TIÃO – Puxa,
professora.
PROFESSORA – E
você, Zequinha? Algum problema com a sua prova?
ZEQUINHA – Tudo
certo, professora. Eu vou prestar muita atenção e me esforçar.
PROFESSORA – Assim
é que se fala, Zequinha.
TIÃO – Rá! Isso
aqui tá muito bico! Fácil, fácil!
PROFESSORA – Então
pode fazer, Tião. Gente: a prova começou. Então silêncio.
NARRADOR – O tempo
foi passando e os dois foram fazendo a prova.
PROFESSORA – Como
vocês estão indo, meninos?
TIÃO – Bem
demais! Eu já tirei 10, professora. Pode marcar aqui em cima.
PROFESSORA – Só
depois que eu corrigir a prova, Tião. E você, Zequinha?
ZEQUINHA – Eu
estou fazendo, professora.
NARRADOR – De
repente Tião termina a prova.
TIÃO - “Fessora”:
terminei.
PROFESSORA – Mas
já, Tião?
TIÃO – Ôpa!
Claro!
PROFESSORA – Não
é melhor dar uma revisão antes de entregar a prova?
TIÃO – Revisão?
Rá! Isso é para perdedores – que nem o Zequinha. (Olha para o
céu) Obrigado meu Deus por eu não ser lerdo que nem o Zequinha.
PROFESSORA –
Sebastião Lúcio: que feio! Além de ser arrogante ainda reza
errado?
TIÃO – Ô
professora...
PROFESSORA – Mais
respeito com Deus, menino. Vá se sentar que eu vou corrigir sua
prova.
TIÃO –
(cabisbaixo) Tá bom.
ZEQUINHA –
Professora: eu também terminei.
PROFESSORA – Muito
bem, Zequinha. Você fez uma revisão na sua prova?
ZEQUINHA – Do
jeito que a senhora me ensinou.
PROFESSORA – Então
sente-se que eu vou corrigir.
NARRADOR – A
professora corrigiu as provas. Depois chamou o Zequinha primeiro.
PROFESSORA –
Zequinha: venha pegar a sua prova.
ZEQUINHA – (pega a
prova) 10? Eu não acredito!
TIÃO – Eu também
não. Ô professora: a senhora deu minha prova pra ele.
PROFESSORA – Não,
Tião. A sua prova está aqui. Pode pegar.
TIÃO – (pega a
prova) O que? Zero? Eu tirei zero? Não acredito!
ZEQUINHA – Calma,
Tião. Da outra vez você melhora. Se quiser posso estudar com você.
PROFESSORA – Acho
bom mesmo, viu Tião? Porque o senhor ficou de recuperação.
TIÃO –
Recuperação? Oh não!
(Os dois pegam suas
mochilas – a professora pega seu material).
NARRADOR – Pois é:
faltou humildade ao Tião. Enquanto o Zequinha foi humilde o Tião
chegou a erguer os olhos para o céu e agradecer por não ser como o
Zequinha... E agora ficou de recuperação.
(A professora sai de
cena. Tião e Zequinha vão saindo juntos).
TIÃO – Puxa,
Zequinha: eu queria ser igual a você, viu? Eu não tenho jeito pra
coisa...
ZEQUINHA – Que é
isso, Tião? Deus te ama e te deu muitas habilidades. Basta você
usa-las.
TIÃO – Você me
ajuda, Zequinha?
ZEQUINHA – Ajudo
sim, Tião. Vamos lá pra sua casa.
TIÃO – Vamos...
NARRADOR – Devemos
sempre ser humildes. “Aquele que se eleva será humilhado – e
aquele que se humilha será elevado”. Jesus, o filho de Deus, foi
manso e humilde. Sigamos o exemplo de Jesus! Vamos ser sempre
humildes de coração. Tchau pra vocês! Tchau!
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