A COLHEITA
XVIII Domingo Tempo
Comum
Lucas 12, 13-21
NARRADOR – Oi!
Tudo bem com vocês? Hoje eu vou contar uma história. A história se
chama A Colheita. Então todo mundo prestando bem atenção pra
entender a história, tá bom? Tá bom? Então vamos lá: era uma vez
um macaco chamado Tobias. Um dia o macaco Tobias mandou chamar os
coelhos e disse assim:
(Entra o macaco de
um lado e três coelhos do outro. O macaco traz um saco de sementes).
MACACO – Quero que
vocês plantem milho para mim. As sementes estão neste saco.
NARRADOR – Os
coelhos pegaram as sementes e foram plantar o milho.
(Os coelhos e o
macaco saem de cena).
NARRADOR – Os
coelhos plantaram todas as sementes no terreno que era do macaco.
(Os três coelhos
entram, cada um com uma enxada, e “trabalham a terra”).
NARRADOR –
Trabalharam debaixo do sol forte...
COELHO 1 – Puxa,
como está calor! (tira o suor da testa com a mão).
COELHO 2 – Eu
estou derretendo! (enxuga o suor com um lenço).
NARRADOR - ...e
trabalharam debaixo de chuva.
(Sonoplastia: raio e
barulho de chuva. Os coelhos expressam com o corpo a
reação de estarem
recebendo pingos de chuva forte).
COELHO 2 – A chuva
está muito forte. Vamos parar um pouco?
COELHO 3 – Não,
vamos continuar. Precisamos cuidar do milho do macaco.
(Sonoplastia: raio +
chuva).
NARRADOR – Os
coelhos trabalharam muito. E o milho cresceu bonito.
(Os coelhos saem).
NARRADOR – Até
que um dia chegou a hora da colheita. E colheram tanto milho, mas
tanto milho, que encheram vários sacos de milho. E então foram
levar o milho para o macaco.
(Cada coelho entra
com um saco enorme cheio de espigas de milho. Arrastam os sacos
porque está pesado. E chegam ao centro do altar. Enquanto isso o
macaco também chega ao centro do altar e eles se encontram).
COELHO 1 – Aqui
está, senhor macaco: a sua colheita de milho.
(Os coelhos colocam
os sacos de milho perto do macaco).
MACACO – Muito
bom! Muito bom! (passa a mão em cada um dos sacos) Vou mandar
colocar no meu celeiro agora mesmo. Agora podem ir embora.
NARRADOR – Os
coelhos ficaram ali parados, olhando para o macaco. E o macaco disse:
MACACO – Eu já
disse: podem ir embora.
COELHO 1 – Mas seu
macaco: e o nosso pagamento?
MACACO –
Pagamento? Que pagamento?
NARRADOR – Espere
aí, seu macaco: os coelhos trabalharam e merecem pagamento.
(Observação: o
narrador não é ouvido pelos personagens).
COELHO 2 – É: o
pagamento pelo nosso trabalho.
NARRADOR – O
macaco ficou contrariado.
MACACO –
Pagamento? Hum!
NARRADOR – Então
abriu um dos sacos de milho e deu uma espiga de milho para cada
coelho.
(O macaco abre um
saco, pega três espigas e dá uma para cada coelho).
NARRADOR – Os
coelhos ficaram olhando para a espiga, surpresos.
MACACO – Agora
podem ir embora. Esse é o seu pagamento.
NARRADOR – Mas só
isso? O macaco ganhou três sacos de milho e só dá uma espiga para
cada coelho? Que egoísmo!
COELHO 1 – Mas seu
macaco...
COELHO 2 - ...é
muito pouco...
COELHO 3 – Assim
vamos passar fome.
NARRADOR – Os
coelhos eram pobres, tinham família e precisavam de mais milho para
alimentar seus filhos. Eles mereciam mais, viu seu macaco? Eles
trabalharam muito!
MACACO – O quê?
Vocês querem mais? Assim eu vou ficar pobre!
NARRADOR – Olha só
que malvado! O macaco está ficando rico às custas do trabalho dos
coelhos. E não quer repartir o milho com eles. Nisso a tartaruga –
que estava por ali ouvindo tudo – se aproxima.
TARTARUGA – Macaco
Tobias: vejo que o senhor não aprendeu a lição.
MACACO – Que
lição?
TARTARUGA – O
senhor está acumulando mais milho do que precisa para viver. O milho
pode estragar, mofar, pegar bicho. E enquanto isso os coelhos passam
fome?
NARRADOR – Isso
mesmo, tartaruga!
TARTARUGA – É
preciso dividir, Macaco Tobias.
MACACO – (pensa)
É... bem... pensando bem... não.
TARTARUGA – Não?
Como assim não?
MACACO – Assim, ó:
não. N-A-O-til: não.
NARRADOR – Mas
como esse macaco é avarento, viu? Só quer ganhar e não quer
dividir. Essa não é a vontade de Deus não. Deus quer que a gente
reparta com quem precisa.
TARTARUGA – (ao
público) Vou precisar de vocês, tá bom? Vamos pedir para o macaco
dividir? Então vamos lá: divide! Divide! Divide!
MACACO – Não!
TARTARUGA – Mais
alto: divide! Divide! Divide!(Os coelhos também fazem coro).
NARRADOR – O
macaco olhou para os coelhos. Eles eram tão pobres que o macaco
decidiu:
MACACO – Está
bem: eu divido.
COELHOS e TARTARUGA
– Êba!
(O Macaco começa a
repartir o milho com os coelhos).
TARTARUGA – É
isso aí, Macaco Tobias!
NARRADOR –
Finalmente o Macaco Tobias tinha aprendido a lição: precisamos
repartir o que temos com quem precisa. Nada de ficar acumulando as
coisas. A verdadeira vida não depende das coisas que a pessoa tem. A
verdadeira vida está nas coisas de Deus. Deus nos deu um monte de
coisas boas e que não custam nada: o amor, a família, a natureza.
Vamos aprender a
repartir com nosso irmãos necessitados. Porque assim disse Jesus:
tudo que você fizer ao menor dos meus irmãos é a mim que estará
fazendo.
Então vamos
repartir o que temos com os mais pobres, os mais necessitados, tá
bom? Tchau pra vocês! Tchau! Tchau!
PERSONAGENS
3 Coelhos
Macaco Tobias
Tartaruga
Narrador
MATERIAL DE CENA
- 3 enxadas
- saco com sementes
- 3 sacos com
espigas
FIM
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